A Polícia Civil da Paraíba investiga o envolvimento de Jorge Beltrão Negromonte, 50, --preso acusado de canibalismo em Pernambuco--, no assassinato de um vigilante em um hospital psiquiátrico na capital paraibana. A morte teria ocorrido durante a internação de Jorge no local, segundo o delegado Elias José Rodrigues, responsável pelas investigações em João Pessoa.
A suspeita surgiu após leitura de trechos do diário escrito pelo acusado, em que ele revelou que teria feito uma vítima na unidade hospitalar, que trata de pessoas com distúrbios mentais. Jorge Negromonte teria revelado que ficou 27 dias internado no local, após ter sido baleado em um assalto. A consequência do fato teria sido crises de esquizofrenia. No diário, ele faz revelações surpreendentes.
“(...) A psiquiatra responsável pelo hospício Juliano Moreira me pega pela mão e me leva para parte de cima do estabelecimento. Na subida, cada degrau tinha uma poça de sangue, no final do percurso, um corpo de segurança caído com vários ferimentos, imóvel e sem respirar. Ela olha para mim e fala que eu fui o culpado. Nessa hora eu pensei comigo mesmo: como poderia com minhas próprias mãos ter assassinado um homem bem mais forte e alto que eu”, dizia trechos do diário. Nenhum responsável pela unidade hospitalar se pronunciou oficialmente sobre o caso.
A Polícia Civil da Paraíba também investiga a possível ação do grupo no litoral sul do Estado. Há indícios que uma mulher foi vítima dos acusados.
Além de Jorge Negromonte, a polícia de Pernambuco prendeu Isabel Cristina, 51, e Bruna Cristina Oliveira, 25. O trio é acusado de matar pelo menos duas mulheres com requintes de crueldade e depois retirar a carne delas para rechear salgadinhos. As vítimas eram atraídas por eles pela falsa oferta de emprego de babá.
UOL
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